Brasil: primeiro mundo em descarbonização

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Uma das pautas em evidência no 31º Congresso & Expo Fenabrave foi a descarbonização, assunto em que o nosso país protagonizou avanços notáveis nos últimos anos, dando sua parcela importante de contribuição para a evolução da indústria.

De acordo com dados da consultoria automobilística Bright Consulting, o processo de descarbonização de automóveis no Brasil foi bastante desafiador nas últimas décadas, mas o resultado é de se orgulhar. O país possui hoje a matriz energética mais limpa do mundo, além de um mercado adaptável a diferentes tecnologias de acordo com o membro do conselho consultivo da Bright Consulting, Besaliel Botelho.

De olho na inevitável descarbonização as empresas investem pesado em tecnologia e inovação para desenvolver sistemas de motores mais eficientes e menos poluentes. Cerca de 40% dos veículos serão eletrificados até 2030 e mesmo os motores a combustão estão passando por aprimoramentos sistemáticos para um futuro mais sustentável.

Os caminhos rumo à descarbonização automotiva

1 – Turbo

Quem acompanha o mercado percebe que muitos motores a gasolina, flex ou diesel têm evoluído em eficiência. Mesmo projetos de conjuntos mecânicos do início do milênio recebem aprimoramentos e ficam mais leves, mais econômicos e menos poluentes.

E para mercados ainda incipientes em eletrificação como o Brasil e boa parte da América Latina, esse processo de melhoria dos motores a combustão é estratégico e fundamental. É preciso focar na realidade da frota da região, que ainda será majoritariamente a combustão a médio prazo.

2 – Injeção direta e comando variável de válvulas

Outros dispositivos têm sido amplamente aplicados pela indústria automotiva para reduzir as emissões dos veículos. Sistemas de injeção direta de combustível com injetores aquecidos e variação nos comandos de válvulas dos automóveis também são estratégias que passam rumo à neutralidade de carbono, pois são tecnologias que reduzem substancialmente as emissões de hidrocarbonetos (HC) e de gás carbônico (CO2).

3 – Híbridos e combustíveis alternativos em prol da descarbonização

Os sistemas de injeção, o turbo e o comando de válvulas variável também serão peças essenciais na eletrificação dos veículos quando se fala de híbridos, especialmente no Brasil. Boa parte das fabricantes instaladas aqui já projetam esse tipo de automóvel que combina motores a combustão e elétrico, como uma etapa necessária rumo à eletrificação total. Ainda mais com sistemas híbridos combinados com motores flex e o uso de etanol, um combustível vegetal, renovável e de menor emissão.

4 – Veículos comerciais

A grande aposta do setor automotivo é que a massificação da eletrificação terá início pelos veículos comerciais. Além da busca pela redução no custo operacional no caso do transporte de carga, as grandes cidades do mundo vão endurecer suas legislações em torno de emissões, e os ônibus, em especial urbanos, também terão de buscar a emissão zero. O desafio, neste caso, é justamente desenvolver baterias de alta capacidade que garantam autonomia suficiente para as operações do dia a dia nos centros urbanos.

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