Cresce em 16% o número de veículos emplacados em janeiro

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De acordo com informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em janeiro desse ano, os emplacamentos de veículos apresentaram alta de 16,3% sobre o mesmo mês de 2022. Já na comparação com dezembro, houve retração de 26,8%. Para o presidente da entidade, Andreta Jr., a sazonalidade e a situação conjuntural que o País viveu, no primeiro mês do ano passado, explicam as diferenças nos números.

“Temos que lembrar que, em janeiro de 2022, o setor registrou o pior resultado para o mês desde 2017, já que os estoques das concessionárias estavam baixos, por conta da crise de abastecimento global, além de ter sido um período em que a variante Ômicron da Covid-19 causava grande preocupação na população”, analisa. “A queda, em relação a dezembro de 2022, é sazonal no nosso setor, já que, nesta época, despesas como IPVA, material escolar e IPTU acabam pesando na decisão de compra das famílias. Tanto que o resultado de 2023 não fica muito distante da média registrada nos meses de janeiro dos cinco anos anteriores”, completa.

Avaliação por segmento

Automóveis e Comerciais leves – Os segmentos iniciaram o ano com evolução de quase 12% sobre o mesmo mês de 2022. “Em janeiro do ano passado, os estoques das concessionárias estavam muito baixos e, ao longo de 2022, a oferta foi se normalizando, o que permite que o volume de janeiro de 2023 tenha quase 15 mil unidades a mais do que o mesmo mês de 2022”, avalia o presidente da FENABRAVE.

Automóveis e Comerciais Leves Eletrificados – Apesar da base baixa de comparação (em janeiro/2022, apenas 2.558 automóveis e comerciais leves eletrificados foram emplacados), os segmentos devem manter crescimento ao longo do ano.

Caminhões – Apesar da queda em relação a dezembro, o segmento deve ter um primeiro trimestre aquecido. “A mudança de tecnologia, provocada pelo PROCONVE P8, pode aumentar a procura pelo estoque de modelos adequados à norma anterior, que podem ser emplacados até março e ainda têm bom mercado entre os transportadores”, afirma Andreta Jr.

Ônibus – Após recuperação no fechamento do ano passado, o segmento mantém resultados positivos, impulsionado pelos programas governamentais de transporte coletivo. “O primeiro mês de 2023 já registrou volume superior à média mensal do ano anterior, o que indica boa possibilidade de um novo ano de crescimento nos emplacamentos de ônibus”, diz o presidente da FENABRAVE.

Implementos Rodoviários – É o único segmento a registrar retração sobre o mesmo mês do ano passado. “A queda pode ser considerada natural nestes primeiros meses de 2023, já que muitos transportadores devem priorizar a troca dos caminhões, por conta da adoção do PROCONVE P8 a partir deste ano”, afirma o presidente da FENABRAVE.

“Além disso, é bom ressaltar que, por dependerem menos de componentes importados, especialmente eletrônicos, a crise de abastecimento impactou menos os resultados do segmento em janeiro de 2022”, concluiu Andreta Jr.

Motocicletas – Com tendência de manter evolução nos emplacamentos (segundo as projeções da FENABRAVE, a alta prevista para 2023 é de 9%), o segmento superou as 110 mil unidades em janeiro.

“A expectativa é positiva, já que existe uma demanda consistente por motocicletas e é possível que os emplacamentos se aproximem de 1,5 milhão de unidades no ano”, conta Andreta Jr., lembrando que o segmento foi um dos que mais sofreu com a oferta de produtos em 2022. O crédito para motocicletas segue com aprovação média de 30%.

Motocicletas Eletrificadas – Assim como automóveis e comerciais leves eletrificados, o segmento parte de uma base baixa de comparação. “O volume de motocicletas eletrificadas ainda é baixo e deve enfrentar grandes oscilações ao longo de 2023, o que é natural para um segmento que está em fase de amadurecimento no País”, analisa o presidente da FENABRAVE.

Tratores e Máquinas Agrícolas – O segmento fechou 2022 com uma das maiores altas de todo o setor, crescendo 19,4%. “No ano, foram mais de 67 mil unidades comercializadas, o que mostra que os empresários seguem modernizando sua frota de equipamentos e colocando o agronegócio brasileiro em sintonia com as mais avançadas tecnologias para uso no campo no mundo”, diz Andreta Jr.

Obs.: Por não serem emplacados, Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamento junto aos fabricantes.

Fonte: Site Fenabrave

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