Emplacamentos de veículos acumulam alta de 3,3% no ano

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O ano de 2022 tem sido de recuperação para o setor de veículos no Brasil, um dos mais impactados pela pandemia da Covid-19. De acordo com últimos dados divulgados pela FENABRAVE, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, os emplacamentos de veículos apontam alta de 3,3% no acumulado dos 10 primeiros meses do ano. Apesar de em outubro, o setor ter registrado uma queda de 5% em relação ao mês de setembro, o acumulado do ano de 2022 tem sido positivo. “A retração pode ser explicada pelo menor número de dias úteis de outubro (20, ante 21, em setembro). Boa parte dos segmentos tiveram números similares em relação ao mês anterior nas vendas diárias, o que indica que o movimento de recuperação se mantém”, analisou o Presidente da FENABRAVE, Andreta Jr.

Em comparação ao acumulado do ano passado, a venda de motocicletas é o que tem dado fôlego para as montadoras e distribuidoras. Em 2021, até o mês de novembro, pouco mais de 938 mil motocicletas tinham sido emplacadas. Neste ano, o número é maior: até novembro, mais de 1 milhão e 100 mil motocicletas já foram emplacadas no país, o equivalente a um crescimento de mais de 17%. 

Além das motocicletas, o emplacamento de ônibus, tratores, motocicletas e automóveis elétricos também apresentaram aumento em relação ao ano de 2021.O setor de veículos elétricos segue aquecido e crescendo. Até agora, mais de 38.700 unidades já foram vendidas. “Isso representa um resultado 43,6% maior que o acumulado do mesmo período de 2021, quando cerca de 27 veículos eletrificados foram emplacados”, avaliou Andreta Jr. 

Problemas enfrentados pelo setor automotivo

Com o avanço da vacinação da Covid-19 e o controle da pandemia, o ano de 2022 era muito aguardado pelo setor automotivo. Porém, os primeiros meses foram mais difíceis do que o mercado estava esperando. Além dos preços altos, o setor foi impactado pela falta de chips eletrônicos e crédito escasso. Com abastecimento de chips bem abaixo da demanda, a indústria encaminhou os componentes para carros mais caros e rentáveis, o que os torna inacessíveis para a maioria dos consumidores. 

Diante dessa realidade, as entidades do setor tiveram que reavaliar suas projeções para esse ano. A Fenabrave, no início do ano, esperava crescimento de 4,4% no mercado de veículos leves este ano, enquanto a Anfavea apostava em quase o dobro disso, 8,4%. Agora ambas reajustaram as previsões para zero a zero, estimando vendas em torno de 2 milhões de unidades, quase igual ao desempenho dos dois últimos anos, muito afetado pela pandemia. Para alcançar as novas projeções, seria necessário emplacar quase 200 mil veículos por mês até o fim de 2022, algo que só aconteceu uma vez em 2021 inteiro, em dezembro passado. A média diária de vendas precisaria subir a mais de 9,5 mil emplacamentos por dia útil.

Recuperação nas exportações de veículos

A boa notícia é que as exportações voltaram a patamares normais com a regularização dos embarques. De acordo com a Anfavea, no mês de setembro houve uma queda expressiva por causa de entraves logísticos. Com a normalização, em outubro, mais de 42 mil unidades foram exportadas, um aumento de 50% em relação a setembro. Ainda segundo a associação, no acumulado dos 10 primeiros meses, as 406 mil unidades embarcadas representam alta de 32,4% sobre o mesmo período de 2021, com destaque para o forte crescimento em países como Chile, Colômbia e México. A apresentação do balanço mensal foi transmitida diretamente da FENATRAN, no São Paulo Expo, maior feira de caminhões e transportes da América Latina.

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