Governo e montadoras debatem produção de carros bioelétricos no Brasil

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O carro bioelétrico – definição para o carro híbrido a etanol, uma exclusividade brasileira até o momento – é a mais promissora aposta da indústria automotiva instalada no País e está por trás de parte considerável de investimentos de empresas fabricantes, que devem somar R$ 117 bilhões até a virada da próxima década, segundo calcula o MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Ao mesmo tempo em que reduzem emissões – até mais do que elétricos a depender do cálculo – os híbridos podem garantir maiores ganhos econômicos ao Brasil com diferencial de faturamento da ordem de R$ 7,4 trilhões para a indústria ao longo dos próximos trinta anos, caso esta seja a tecnologia preferencial adotada pela indústria automotiva no País.

Possivelmente de olho nesses dados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um grupo de empresários do setor automotivo e do segmento de produção de etanol e gás para conversar sobre investimentos no Brasil.

Estavam presentes na reunião representantes de montadoras como Volkswagen, BYD, Toyota e Stellantis. Além do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Nas redes sociais, Lula destacou o potencial brasileiro, que inclui a produção de veículos híbridos flex, como o carro bioelétrico. “Já são mais de R$ 117 bilhões anunciados pelas montadoras até 2028 gerando empregos e crescimento econômico. Acreditamos no Brasil e no seu potencial na transição energética. O país abandonou o discurso do passado e está investindo no futuro”, escreveu Lula.

Mesmo com o boom recente de carros elétricos no mundo e no Brasil – principalmente com a chegada das chinesas BYD e GWM – o motor a combustão vai permanecer por um longo período. De acordo com a Bright Consulting, a previsão é de que 88,21% da frota brasileira em 2030 será de automóveis a combustão, enquanto 9,83% contará com um conjunto híbrido e apenas 1,96% propulsão elétrica.

Para se ter uma ideia, atualmente a frota de carros a combustão é composta por 99,72%, sendo que modelos híbridos são 0,25% e puramente elétricos 0,03%. Para o mercado global, o cenário tem a seguinte projeção para 2030: 77% a combustão e 23% de eletrificados (12% de híbridos e 11% de elétricos).

A reflexão que fica vem em forma de pergunta: você está preparado para estas mudanças?!

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